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 Calabote: 50 anos depois

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Devezas
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Calabote: 50 anos depois Empty
MensagemAssunto: Calabote: 50 anos depois   Calabote: 50 anos depois EmptyDom Mar 22, 2009 7:14 am

Calabote: 50 anos depois

00h30m


Foi
exactamente há 50 anos. Estamos em 22 de Março de 1959. Hoje é
conhecido o campeão nacional. São três da tarde e a bola começa a rolar
em todos os estádios. Em todos não. Na Luz, o Benfica recebe a CUF e
sobe ao relvado dois minutos antes do início do jogo. A estratégia é
retardar a partida o máximo possível, de forma a saber o que se passa
em Torres Vedras, no Torreense-F. C. porto. Os dragões
estão a um pequeno passo do título: são líderes com os mesmos pontos do
que os rivais da Luz, mas com vantagem na diferença de golos. Para ser
campeão, o Benfica precisa de marcar mais cinco golos do que aqueles
que os portistas marcassem.No Campo das Covas, já se contam oito
minutos de jogo, quando na Luz, Inocêncio João Teixeira Calabote,
árbitro internacional de Évora e com passado infeliz nos jogos com o F.
C. Porto, faz soar pela primeira vez o apito. A primeira parte corre de
feição às águias que chegam ao intervalo a vencer por 4-0, com os dois
primeiros golos de penálti, o segundo dos quais considerado inexistente
por toda a crítica.A vantagem era insuficiente, uma vez que os
portistas já tinham inaugurado o marcador. Na segunda parte, já depois
do golo de honra da CUF, o Benfica não demoraria a dilatar a vantagem
com mais dois golos, um deles de penálti. Os encarnados são
virtualmente campeões. Festeja-se na Luz, sofre-se nas Covas. Não
por muito tempo. O portista Noé faz o segundo golo e a festa volta a
Torres Vedras. Por pouco tempo também. De rajada, os benfiquistas fazem
o 7-1, já o guarda-redes Gama, da CUF, tinha sido substituído, a pedido
dos colegas, num tarde muito infeliz...Porém, em cima do minuto
90, Teixeira faz o 3-0 e volta a entregar o título ao F. C. Porto. O
jogo termina a seguir, mas não há campeão. Na Luz, ainda faltam jogar
oito minutos, mais os quatro de compensação concedidos por Calabote -
que ainda expulsou três jogadores da CUF -, quando, na altura, não era
normal dar-se mais do que dois. Foram 12 longos minutos de sofrimento
em Torres Vedras, enquanto o Benfica desespereva por mais um golo, que
não veio a acontecer. A festa mudava-se, de vez, para as Covas. Poucos
dias após o mais dramático epílogo dos campeonatos, Calabote é alvo de
inquérito federativo e acusado de ter mentido no relatório, escrevendo
que o jogo principiara às 15 horas e terminara às 16.42 horas. O
árbitro de defende-se e diz que o seu relógio é que vale. Nada feito. É
acusado de corrupção, mas diz que nunca recebeu um tostão. É irradiado
uns meses mais tarde. O livro sobre o "Caso Calabote", da autoria do jornalista João Queiroz, será editado brevemente pela Quidnovi.






O jogo em que o adjunto do Benfica treinou o adversário do F. C. Porto

00h30m


"Ainda
que pareça mentira Valdivieso (treinador adjunto do Benfica) orientou o
Torreense", noticiava o JN. Era mesmo verdade. O técnico argentino
tentou passar despercebido, mas em vão. Segundo o próprio,
foi observar um jogador do Torreense com vista a futura contratação e
foi convidado a sentar-se no banco da equipa. Um pretexto, segundo os
jornais: Valdivieso ministrou uma palestra no balneário e deu
instruções várias durante o jogo.Mais tarde, António Costa,
defesa do Torreense, negava tal acusação: "Esteve na cabina a conversar
connosco (...), mas não nos deu quaisquer indicações. A verdade é esta:
receberíamos, por intermédio dele, um prémio [cinco contos a cada
jogador] se vencêssemos ou perdêssemos com o Porto por margem escassa.
E quero esclarecer um ponto: Valdivieso não chorou na cabina, por
termos perdido. Limitou-se a regressar a Lisboa com o dinheiro"...

JN - 22.03.2009
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