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 Alimentação de primeira na 3ª idade

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bird papa

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MensagemAssunto: Alimentação de primeira na 3ª idade   Alimentação de primeira na 3ª idade EmptyDom Abr 04, 2010 2:02 pm

Alimentação de primeira na 3ª idade
Não há idade em que deixe de ser importante seguirmos uma alimentação saudável! Segundo as leis da natureza, todos nós seremos velhinhos um dia, e como seres biológicos que somos (tal como o leite que se estraga, e mais rapidamente se deixado fora do frio), somos ‘doentes em potencial’. Mas podemos contrariar esta tendência se aplicarmos à nossa vida mais equilíbrio e rituais de vida saudável.



Um dos maiores desafios e problemas de saúde da actualidade, das sociedades ditas desenvolvidas, é o aumento da longevidade das populações, paralelamente ao aparecimento de doenças crónicas. As doenças com mais custos associados, quer em termos financeiros quer em termos de qualidade de vida, estão directamente ligadas à alimentação e aos estilos de vida.
A nutrição, optimizada através duma alimentação saudável, tem inúmeros benefícios para a saúde e o bem-estar:





Em caso de doença, minimiza os seus efeitos. É necessária para manter o corpo em bom estado de funcionamento e prevenir doenças.


Promove a saúde, ajudando a reduzir os factores de risco das doenças crónicas não transmissíveis, tais como as doenças do coração, cancro, diabetes e osteoporose, além de melhorar o sistema imunitário.

Prolonga a independência e a longevidade na terceira idade, mantendo uma melhor visão, fortalecendo os ossos, melhorando as capacidades intelectuais, a força física, a agilidade e a resistência.

Como consequência, a manutenção dos relacionamentos sociais, familiares e emocionais torna-se mais fácil. Ou seja, mais anos, com mais qualidade de vida. Estes benefícios são para todos os adultos seniores – desde os mais independentes e novos, aos mais fragilizados e com mais dependências.

Sendo assim, o papel dos nutricionistas e dietistas torna-se indispensável através da educação e do aconselhamento alimentar – em intervenções junto da população e em colaboração com as instituições que os servem. As ideias propostas neste artigo deverão ser ajustadas aos objectivos particulares dos indivíduos, não substituindo uma consulta da especialidade.

Necessidades alimentares na 3ª idade: problemas comuns e algumas soluções


1. Na alimentação de muitos seniores faltam nutrientes-chave para uma boa saúde;

2. Alguns não ingerem calorias suficientes (outros ingerem-nas em excesso);
3. Muitos não sabem as doses e as escolhas adequadas para uma alimentação equilibrada.
Uma alimentação equilibrada e saudável requer variedade e quantidades adequadas. Nenhum alimento fornece todos os componentes e nutrientes de que o corpo necessita para uma boa saúde: proteínas, hidratos de carbono, lípidos, vitaminas, minerais, fibra, etc. A hidratação adequada também é importante, pois a água é necessária para todas as funções do nosso organismo. Assim, há que seguir as indicações da Roda dos Alimentos, eventualmente através dum plano alimentar, o que pode ser uma grande ajuda. O delineamento de uma boa dieta deve ter em conta vários factores: estado de saúde, idade, nível de actividade, situação social e familiar, poder de compra, zona de residência, proximidade de supermercados, medicamentação, mobilidade, grau de independência, preferências e hábitos, etc.



































Problema: Excesso de calorias e obesidade
Descrição
O que fazer
Uma boa alimentação ajuda a controlar o peso: no emagrecimento pode-se normalizar o mecanismo da fome com alimentos saciantes e saudáveis, o que ajuda à redução da massa corporal gorda. Há que retirar o excesso de açúcar e gordura dos alimentos desnecessários e muito calóricos e substitui-los por alimentos nutricionalmente densos e de baixo teor calórico. Para perder ou manter o peso, além do exercício físico, é essencial uma alimentação adequada às necessidades de cada pessoa.♦ É fundamental a perda progressiva de 5 a 10% do peso actual, com a intervenção e acompanhamento de um nutricionista.

♦ É fundamental o exercício físico, com a intervenção e acompanhamento de um profissional de educação física.
Problema: Dificuldade em mastigar
Descrição
O que fazer
Na presença de dificuldade em trincar e mastigar, haverá uma maior dificuldade em comer certos alimentos, como a carne, fruta fresca e vegetais.
♦ Experimentar alimentos alternativos e investir no dentista.
SUGESTÃO
Em vez de...
Tentar...
Fruta frescaSumos naturais e puré de fruta
Verduras cruasSumos de verduras, purés de verduras cozinhados, cremes de verduras
CarneCarne picada, ovos, leite, queijo, iogurtes e comidas feitas com leite
Pão com côdeaPapa de aveia, pão mais mole/sem côdea, arroz

























Problema: Desconforto intestinal e no estômago
Descrição
O que fazer
Quem tem problemas como a flatulência ou dores de estômago pode optar, por sua iniciativa, por excluir da alimentação certos alimentos a que atribui a causa do mal estar. Isto significa que pode haver uma deficiência em certos nutrientes, como vitaminas, cálcio e fibras.
♦ Experimentar alimentos alternativos e fazer teste de intolerâncias alimentares (por exemplo, o York Test)
SUGESTÃO
Em vez de...
Tentar...
LeiteBebidas de soja, arroz, etc. ou ainda lacticínios e comidas preparadas com leite que não incomodem, tal como iogurtes e queijo, e sopas
Verduras tipo brócolos e couvesSumos de vegetais e feijão verde, cenouras e tomate
Fruta frescaSumos de fruta natural











Problema: Falta de apetite, comendo duas ou menos refeições por dia
Descrição
O que fazer
Grande parte do prazer da mesa é der ivado da socialização. As pessoas que vivem sozinhas muitas vezes negligenciam a sua alimentação, porque a solidão tira o apetite e há pouco incentivo para cozinhar. Frequentemente, optam por comidas pobres em nutrientes, petiscam o dia todo ou comem uma só grande refeição. Por vezes os idosos podem ficar sem apetite devido à medicação (pode alterar o paladar).♦ Neste sentido, é fundamental informar os mais idosos que uma alimentação equilibrada melhora a sua disposição e saúde, dando especial atenção à dentição e às reduzidas capacidades sensoriais (cheiro, paladar, visão), mobilidade, etc.
♦ Comer com familiares e amigos.
♦ Inscrever-se em programas alimentares ou serviços de refeições, como nos centros de dia e entregas ao domicílio.
♦ Informar-se com o médico sobre as alterações de apetite ou paladar que os medicamentos possam estar a causar, e se há alternativas.
♦ Dadas as alterações fisiológicas e circunstanciais inerentes ao envelhecimento, devem ser revistas receitas gastronómicas e ser elaborado um plano alimentar para garantir uma dieta adequada e satisfatória.
♦ Aumentar o sabor da comida com ervas aromáticas e especiarias.











Problema: Falta de higiene e intoxicações alimentares
Descrição
O que fazer
Mesmo em Portugal, havendo uma cadeia alimentar relativamente segura, ainda se registam lacunas que se manifestam em insegurança por parte dos consumidores. Acrescidas a estes factores de insegurança estão as técnicas, por vezes medíocres, de manuseamento, conservação e confecção dos alimentos. Isto aplica-se aos consumidores, nas suas casas, e aos responsáveis por estas funções nos restaurantes, refeitórios, etc.

♦ Ensinar as regras de Segurança alimentar: como lavar, separar, arrefecer a comida cozinhada e como cozinhar de forma correcta. Por exemplo, não manter os alimentosentre os 5º C e os 60º C por mais do que duas horas.

♦ É fundamental promover a consciencialização dos cidadãos mais idosos e mais frágeis, realçando que todos podem ser actores do processo de promoção da segurança alimentar.











Problema: Interacções com Medicamentos
Descrição
O que fazer
Certas doenças e medicamentos podem alterar as necessidades nutricionais ou a capacidade do corpo de dar resposta às necessidades, tal como a diminuição do apetite e interferência com a absorção de nutrientes. Certas patologias requerem uma dieta especial. Por exemplo, uma dieta pobre em proteínas deve ser seguida por uma pessoa com problemas renais. Os suplementos nutricionais por vezes são necessários para compensar as deficiências alimentares.
Há que consultar um nutricionista ou dietista clínico especializado.







CONCLUSÃO

É importante que se coma bem em todas as idades. Mas por vezes é necessário um pouco mais de esforço à medida que envelhecemos, pois os riscos de malnutrição entre os seniores são reais. São muitas as considerações importantes no planeamento duma dieta saudável na terceira idade, e a importância dos nutricionistas é, por isso, crucial.
Urge intervir junto desta população, não só porque vivemos numa sociedade que infelizmente envelhece, mas também porque são muitas as oportunidades que cada pessoa tem para (idealmente) melhorar a sua saúde, através de (idealmente) 1800 saudáveis refeições anuais, se souber como fazê-las.
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http://www.serracaramulo.blogspot.com
 
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