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| Assunto: Ana Carla Silva Sex Mar 08, 2013 10:25 am | |
| Um Governo sem educação
É sabido que cultura e educação são coisas muito diferentes: a cultura adquire-se na escola, a educação em casa. São os pais que ensinam – ou não – a criancinha a não comer de boca aberta, a agradecer, a não interromper os outros, etc, etc, etc. Na escola, são integrados outros conhecimentos, que no entanto nunca conseguirão colmatar a falta de educação, se a houver. Deve ser por isso que temos neste Governo pessoas presumivelmente muito cultas, com graus académicos reconhecidos, mas sem um pingo de educação. A começar pelo Primeiro-Ministro, que nos brindou a todos com o epíteto de “piegas”, numa situação em que, como se tem visto, outros povos de menos brandos costumes incendeiam e partem tudo à sua passagem. O Ministro das Finanças tentou, por sua vez, a via da lisonja pura e dura: seremos o “melhor povo do mundo”, principalmente se nos mantivermos brandos, mornos, como um rebanho de ovelhas a caminho do matadouro. Em qualquer caso, S. Exa. não está preocupado com os índices de popularidade, o que é o mesmo que dizer: “Manifestem-se à vontade, que, desde que não me chateiem a mim, não vos ligo nenhuma. Ovelhas !!!”. Miguel Macedo, num assomo da mais pura falta de educação, subiu aos tamanquinhos para se colocar, e aos amigos, na categoria de “formiga trabalhadora”. O que não teria nenhum mal, não fora o facto de, em simultâneo, nos colocar a todos na classe das alegres, preguiçosas e despreocupadas cigarras. Esqueceu o Ministro que quem dá o pão, dá educação; e quem “sustenta” o Governo, tanto em sentido figurado como no real, é o povo a quem insultou de forma tão leviana. Assunção Cristas, por seu turno, manda-nos trabalhar … na agricultura. (E plantar eucaliptos – o que é assaz curioso, por se assemelhar bastante, nos efeitos, à governação actual, que tudo seca à sua volta). Como se um sector destruído a mando da União Europeia, que pagou para abandonarmos a actividade milenar, pudesse de repente erguer-se por via da boa vontade de jovens educados para trabalharem no sector terciário. Tomar os outros por tolos, insultando-lhes a inteligência, também é falta de educação. A cereja no topo do bolo é, obviamente, Miguel Relvas. Um Ministro sem educação e pouca cultura, que “tirou” um curso no sentido mais literal e mais rasca do termo, atreveu-se a tentar ir dar uma palestra a um estabelecimento de ensino superior. Um dia destes, o povo português vai lembrar-se que quem dá o pão também dá educação, e aí … Deus lhes acuda! 08/03/2013 Ana Carla Silva | |
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