É melhor sermos amigos deleOntemSe a notoriedade por assim dizer política do ministro Manuel Pinho advém,
principalmente, de ter conseguido ser fotografado para a posteridade ao
lado de celebridades como Catherine Deneuve (a verdadeira, não a do
Parque Eduardo VII) e Michael Phelps e de não ter conseguido - que
diabo!, um ministro não consegue tudo - salvar a Quimonda ou as minas
de Aljustrel, ele é notável também pela luta ardorosa que trava com
Mário Lino pelo título de campeão nacional das "bocas" de gosto
refinado. A última foi que Paulo Rangel, do PSD, ainda tem que
"comer muita papa 'Maizena' para chegar aos calcanhares de Basílio
Horta". Pensar-se-ia (muita gente o pensou) que seria, em tempos de
crise, um estímulo ao importante sector económico das papas, do género
do de Sócrates ao "Magalhães" e à J.P. Sá Couto. Só que não se tratava
da economia nem do país, tratava-se de Basílio Horta ser seu amigo e de
ele, como disse à TSF, "defender os amigos". Foi uma desilusão. Afinal,
Manuel Pinho é um ministro como os outros, preocupa-se é com os amigos.
Mas o país ainda pode ter esperança: basta-lhe passar a ser seu amigo.
JN-13.05.2009