A suiça, tão "democraticamente" racista e fascista...

Talvez não se esperasse que viesse da “democratíssima” Suiça este grito gutural de ostentação rácica. No fim de contas, haviam sido décadas e décadas de enxovalho mental, a venderem-nos a “livre circulação de pessoas” como um factor determinante da superioridade “ocidental e cristã”. A liberdade florida, finalmente ramificada por todo o continente europeu, alicerçada na moeda única e nos acordos de Lisboa.

Ora, em boa verdade, a oeste nada de novo, pois, sempre que os poderosos consideram suficientemente sólido o processo psicológico da aceitação carneira dos povos, aí cavalgam eles, aptos, mais um golpe traiçoeiro de restrição sobre restrição.

Sendo um dado adquirido que o desenvolvimento económico do capitalismo dos cantões foi realizado por cima do trabalho competente e muito esforçado da mão-de-obra estrangeira, numa atitude velha de que quem manda fazer os trabalhos “menores” é porque tem o capital senhorial que lhe dá a sacrossanta insígnia de patrão civilizado (?), a oligarquia suiça e a crescente financeirização global de um sistema opressivo, “naturalmente”, sentiram que é a altura de fazer crescer o “bunker” e de colocar sentinelas atentas.

São os “namban-jin” modernos a causa de tanta necessidade de separar o trigo do joio, os ricos dos pobres, os europeus dos do terceiro-mundo, os brancos dos pretos, o nazi/fascismo das justas reivindicações dos trabalhadores, o capitalismo e os capitalistas do Socialismo/Comunismo.

A fotografia com que ilustro a magna decisão é a da selecção de futebol helvética, Ou melhor, o que resta dela se expulsarem os imigrantes.